Queridos, não consigo esperar minha volta a Viena para contar sobre o primeiro passeio de hoje. Ah, antes de mais nada tenho que avisar uma coisa: essa viagem eu preparei para ser uma viagem de experiência. Isso significa que eu não quis fazer um turismo óbvio (como seria se eu postasse sobre Atenas e Ilhas Gregas*) mas sim, conhecer lugares desconhecidos da maioria dos turistas.

Onde eu estou? Em Trikala. Trikala é uma cidade em uma encosta íngreme e por isso é dividida em três: baixa, média e alta Trikala. O nome da cidade pode ser traduzido como “Três Bens” porque a região se destaca pela água (primeiro bem), vinho (segundo bem) e clima (terceiro bem). Pura verdade! Já provei e adorei os três! 😉

Sobre a Igreja “Virgem da Rocha” em Tarsos: Aluguei um carro, andei em torno de 40km em asfalto, estrada de chão e depois de mil curvas bem acentuadas (bem messssmo), cheguei até ela. De longe, eu via somente isto:

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Está vendo o círculo vermelho?

Conforme me aproximava, consegui ver melhor o que está dentro do círculo vermelho. Acredite se quiser:

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Surpresa! U-A-U!

 Estacionei o carro e ao chegar em frente, outra surpresa: a porta estava fechada! Aqui vai a primeira dica para sua viagem à Grécia: porta fechada não significa que está trancada e muito menos que você não possa entrar. Aprendi essa lição hoje! Visitei duas Igrejas e um Monastério. Em todos as portas estavam fechadas. É só abrir, minha gente! Se não estiver trancada, entre. Se estiver trancada, não arrombe, pelamor. Aí sim significa que você não pode entrar!

Voltando à Igreja “Virgem da Rocha”, ela estava com a porta fechada e tinha até uma tranca tipo de portão de cidade do interior, sabe? Que é só deslizar a tranca pro lado e ela destrava? Pode deslizar tranquilamente. E não se assuste ao entrar na Igreja: não terá ninguém lá dentro, nem por perto. Ela tem três cômodos, um terraço e um dos cômodos é mais escuro mesmo. História da Igreja, recado para os visitantes? Tem sim! Em grego. Sério, se isso não for viagem de experiência, eu não sei o que é. Schatz e eu estamos amando!

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Segundo cômodo

Descobri um pouco da história e conto aqui para vocês: a cidade de Tarsos foi invadida pelos turcos em 1458. Parte daqueles que se renderam, foram assassinados pelos turcos. Outros, escravizados. Vários moradores da região se suicidaram saltando do penhasco – onde hoje está a Igreja – para escapar da escravidão (mais de 100m de altura). Uma mulher implorava pela vida de seu bebê e os turcos não se comoveram. Ela, então, pegou seu bebê nos braços, saltou do penhasco e gritou: “Nossa Senhora, salvai-nos!”. E não é que Maria escutou as preces da mulher? Ela foi encontrada sem ferimentos na base do penhasco e, em forma de agradecimento, construiu essa Igreja em uma fenda da montanha. Se é verdade ou não, jamais saberemos, mas que é uma história bonitinha, ninguém pode negar!

Depois do segundo cômodo, tem uma passagem bem pequena que levará para outro cômodo (aquele que é escuro), as escadas e o terraço.

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A vista enquanto se sobe as escadas
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A vista do terraço

Gente, Grécia é ou não é muito mais do que mar e casinhas brancas com azul? 

*Considero Atenas e Ilhas Gregas como “turismo óbvio”, mas isso não as tornam cidades menos interessantes, ok? O que eu quis dizer é que elas são as primeiras escolhas dos turistas. Eu escolhi algo desconhecido para a primeira semana das férias – semana que vem estarei, óbvio, em Atenas!