Para entender como escolhi conhecer Istambul, vou contar duas pequenas histórias:

Há meses espero a primeira visita da minha mãe a Viena, cidade onde moro há 3 anos. Ela chegaria no dia 23 de abril e tínhamos programado uma viagem para lugares que ela queria muito conhecer: Praga e Cracóvia. Meu marido e eu nos organizamos para a viagem: férias, passaporte, roteiro, tudo pronto. Só não contávamos que o passaporte dela estava vencido e quem percebeu foi a atendente no momento do check-in. O que era para ser o início de uma tão esperada viagem, virou uma longa pausa até julho, quando ela virá – com o passaporte válido, espero.

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Agora começa a segunda história: a Europa é de fato um continente muito bonito, mas, ao conhecer várias cidades, elas ficam, de certa forma, repetitivas. O fato é que eu sentia falta de ver algo novo. Queria conhecer cultura nova, ver arquitetura e povo diferentes, não entender o que está escrito nas placas (adoro isso!)… a minha vontade era conhecer a Ásia. O primeiro país que conheci por lá foi a Tailândia em fevereiro deste ano. Viajar… Ásia… Quero mais!

Se juntarmos as duas historinhas acima, temos como resultado final um casal sedento por viajar com férias marcadas, passaportes prontos e mala arrumada. Olha o perigo! Praga e Cracóvia saíram do roteiro – não por não merecerem e sim porque já fomos a Praga e, como vocês sabem, queríamos algo novo. Turquia já estava há tempos na nossa listinha de “Próximas Viagens” (1 ponto para a Turquia) e ela ainda tem em seu território a única cidade do mundo que fica em dois continentes: Istambul. Placar final: Turquia 2 x 0 Outro lugar.

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Observando Istambul do lado asiático

Por saber que Istambul é uma cidade viva, colorida, que a maior parte da população é muçulmana e que fica ao mesmo tempo na Ásia e na Europa, eu tinha informação suficiente para saber que conheceria um lugar completamente diferente de tudo o que eu tinha visto até agora. E foi mesmo!

Nós, mulheres, não precisamos cobrir os cabelos ao andar na rua. A palavra que define Istambul é “diversidade”. Uma mulher usando hijab ou até mesmo burca fica tranquilamente ao lado de outra usando saia e blusa de alça. Você pode vestir o que quiser: ninguém olha torto para ninguém na rua. Eu disse na rua. Ao visitar as várias Mesquitas espalhadas pela cidade, esteja atenta à vestimenta adequada. Mesmo que eles emprestem lenços para cobrir pernas, ombros e cabelos (sem ter que pagar nada extra por isso), é aconselhável levar um na mala – ou comprar um lá, por que não? – e tirar um dia para visitar mais de uma Mesquita. Assim, neste dia escolhido, já vá preparada: leve seu lenço e vá de calça jeans. Se estiver muito calor, vá com uma calça de tecido mais leve!

É comum o pensamento de que na Turquia não é possível encontrar bebidas alcoólicas. De fato, alguns restaurantes não servem nenhuma bebida alcoólica, mas outros sim. Principalmente nas regiões mais turísticas de Istambul (Sultanahmet, por exemplo), há vários locais que vendem cerveja e você pode sim beber uma Efes (se é a única cervejaria turca, posso falar que a Efes é a mais conhecida de lá, certo?), inclusive no lado externo dos restaurantes. Não vi ninguém andando pela rua enquanto tomava uma cervejinha. Não acho que seja proibido fazer isso, mas creio que não seja uma escolha muito acertada para quem não quer confusão. Também em relação à bebida, fomos a um restaurante típico turco – adoro conhecer restaurantes onde os próprios cidadãos vão – e lá nos ofereceram Ayran como aperitivo. Perguntamos o que era e o garçom não soube explicar em inglês. Pegou o celular, digitou aqui, digitou ali e nos mostrou no google translator do turco para o inglês: Buttermilk. Segundo o Wikipedia, a bebida Ayran “é composta de iogurte e água. O iogurte utilizado é proveniente do leite de ovelha e tem um sabor espesso e levemente ácido. Geralmente, leva sal e pimenta (ou hortelã) em sua preparação. É servida fria e como acompanhamento durante as principais refeições”. Não experimentamos, mas comemos um kebab que em nada se parece com os vendidos aqui na Europa!

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Kebab turco

Istambul é realmente viva, colorida, diversificada e tem um povo pronto para ajudá-lo em tudo o que você precisar. O povo turco torna até o caos da cidade grande em algo surpreendentemente fantástico!

Contei que Istambul não é a capital da Turquia? A capital turca se chama Ancara! Eita, agora a gente perdoa gringo achar que a capital do Brasil é o Rio de Janeiro, né?

Este post foi escrito por mim e publicado no meu outro blog, O Nome disso é Mundo.